Neste mês de Março muitas coisas boas aconteceram na missão, como sempre Deus nos ampara e nos capacita conforme se apresenta as situações.
Eu e Elo ficamos 11 dias sem o Beto, ele foi com frei Ronaldo para os ribeirinhos, com isso realizamos as atividades somente nós duas, foram dias de missão intensa, alem das atividades cotidianas, fomos chamadas varias vezes para rezar pelos doentes, e atendemos pessoas aqui em casa para aconselhamento.
As oficinas estão com uma boa participação de mulheres, adolescentes a até meninos, hoje contamos com 4 oficinas de artesanato diferentes, pintura em tecido, trabalho de cestaria com jornal, imã de geladeira com meia de seda e biscuit, cartões e marca paginas confeccionados com plantas desidratadas e também uma oficina de alfabetização.
Dona Raimunda, Lucinete e Benedita,
esperam com ansiedade para pintar suas cestas.
Trabalhamos na MALOCA que aos Domingos e nossa capela para celebrar.Mãos à obra
Oficina de pintura em tecido.
Esse pessoal tem talento.
Ademilson, este menino esta em todas as oficinas muito dedicado.
Alguns dos trabalhos feitos com meia de seda. (Imã de geladeira)
Mãe e filha aprendendo.
Estes são os marca paginas feitos com perfeição...
Nossa missão nesta comunidade e evangelizar e promover a vida e a dignidade destas pessoas. Temos aprendido muito com a realidade é necessário mais que uma evangelização espiritual e preciso apontar ou apresentar uma motivação para que não percam totalmente as esperanças e continuem lutando. São inúmeras as famílias que todos estão desempregados, oferecemos assim uma oportunidade de gerar uma pequena renda na família através destas oficinas.
Iniciamos pequenos trabalhos em biscuit.
Eu , Elo e Dom Azcona, nos fundos nossa capela quase pronta.
Dom Azcona visitando as oficinas.
O Beto chegou de volta aqui em Breves no dia 12 e nesse mesmo dia viajamos para Belém, o barco atrasou chegamos em Belém já se passava das 8h. Padre Otávio nos aguardava no porto, padre Otávio é alguém que também faz parte da nossa vida, ele é o animador vocacional da prelazia do Marajó uma pessoa cheia de Deus, amamos ele. Fomos direto para o seminário maior de Marituba, o padre Manoel nos aguardava, e como sempre nos acolheu com alegria tomamos café, chimarrão, e almoçamos com eles, em seguida as fomos para o porto e partimos para Soure, ansiosos para conhecer este pedaço de chão deste imenso Marajó.
Olha a felicidade da Elo com a cuia na mão. Beto preferiu um cafezinho!!! Ele não se inculturou!!!!
Nossa Mãe!!! chegar a Soure é uma aventura!
Viajamos mais de 14h até chegar em Belém, depois pegamos um barco até Salvaterra, mais que uma aventura,é uma loucura para chegar até lá. Depois do barco que chega até Salvaterra é preciso pegar um ônibus por mais uns 45 minutos, depois mais uma balsa para atravessar até Soure. Enfim chegamos a terra tão esperada.
Padre Zé Antonio nos acolheu logo chegou padre Adenílson (uma figura).
Com certeza Soure é o oposto de Breves, a impressão que tive é de não estar no Marajó, a Geografia, a característica das pessoas, a cidade, tudo muito diferente daqui de Breves.
Encontramos com nossa madrinha de missão irmã Rita.
Eu e Elo Barco de Breves a Belém.
Visitamos a comunidade Nova Aliança.
Eu e padre Otávio, Viagem para Soure é preciso ter coragem! Depois de tanto tempo... saboreamos nosso chimarrão.
Padre Manoel, até que enfim alguém que nos acompanha no chimarrão.
No sábado fomos com padre Adenilson para uma comunidade próxima, chamada vila Pesqueiro, uma pequena comunidade de pescadores na beira da praia, poucas pessoas participaram da missa, uma coisa nos chamou a atenção de mais ou menos 40 pessoas que estavam na missa somente duas foram receber a comunhão, para nós foi estranho, não entendemos muito bem.
O lugar é muito bonito, a praia é imensa.
Conhecemos poucos lugares porque choveu muito na segunda feira.Visitamos e conversamos com os nossos meninos seminaristas daqui de Breves, Ediney, Marinaldo, Daniel e Benedito foi bom estar com eles.
Ficamos hospedados na casa de Dom Azcona, mas somente no domingo ele chegou, creio que o lugar que ele menos fica e em sua própria casa vive mais pelos barcos visitando seu rebanho. Mas mesmo assim aproveitamos a sua companhia, conversamos sobre a missão, a realidade de Breves, os projetos, e sonhos.
Tive uma conversa com ele não precisou muito tempo pra que meu coração se abrasasse ele fala com uma autoridade que nos deixa convictos de que é o Espírito Santo que fala por ele.
Na terça feira, voltamos para casa não sem antes sermos surpreendidos por Dom Azcona, ele levantou-se as 4h da madrugada pegou a Kombi e nos deixou na beira do rio para pegar a balsa. Ficamos sem ação, mas nos sentimos amados por ele.
Chegamos a Belém ainda pela manha, eu e Elo fomos ao comércio comprar material para as oficinas.
Padre Manoel veio conosco a Breves, que bênção, foram estes dias nesta casa, sua presença alegrou nossas vidas, conversamos, partilhamos, celebramos todos os dias.
Obrigado senhor por tantas alegrias neste mês.
A ti Senhor renderei para sempre meu louvor!!!